Mesmo que a gente saiba que a infraestrutura de tecnologia para realizar uma Olimpíada seja monumental, durante os Jogos, ninguém quer falar de tecnologia. Os atletas, as competições e os visitantes são muito mais importantes no maior evento esportivo do planeta. A tecnologia não dá show nenhum, mas precisa funcionar de forma extremamente confiável e segura para garantir que a festa não pare.
Por aqui ninguém quer ouvir: “mas e se...”; não há espaço para erros. De qualquer forma, se durante os Jogos Olímpicos qualquer incidente que envolva tecnologia acontecer com placares, transmissão, telecomunicações ou seja lá o que for, é desta grande sala que o problema vai ser resolvido – de preferência o mais rápido possível para que não haja qualquer efeito maior dentro da operação Olimpíada.
Para evitar surpresas durante os Jogos, um Laboratório de Testes de Integração foi montado aqui no Comitê Olímpico Rio 2016. A operação é padrão em toda Olimpíada. Nesta sala com mais de 1200 metros quadrados foram testados um a um cada sistema, aplicativo e infraestrutura tecnológica para a divulgação dos resultados e a realização das competições. Com mais de 200 pessoas trabalhando sem parar, foram 200 mil horas de testes – um marco na história dos Jogos Olímpicos.
Durante os Jogos, todos os equipamentos testados aqui dentro serão levados para as instalações das competições. Um fato curioso é que esta será a última vez que o Laboratório de Testes e Integração estará localizado na cidade-sede dos Jogos Olímpicos.
Outra mudança para os próximos Jogos – os de inverno, em 2018, em Pyeongchang, na Coréia do Sul – é que o sistema de resultados e difusão de informações já estará funcionando na nuvem. Por enquanto, aqui no Rio, por questões de estabilidade, segurança e garantia, tudo vai ser armazenado em datacenters físicos locais. Mais uma vez: ninguém quer correr risco.
